Artigo: Independência, projeto elitista e autoritário, por Professora Nilza
A elite brasileira apostou na escravidão e fez do Brasil independente o país de escravos, uma ação das mais violentas de toda a história contemporânea
No dia 07 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro “proclamou” a independência do Brasil em relação a Portugal.
Essa ruptura não foi pacífica e houveram guerras em todo o território que viria a se tornar o Brasil sem o jugo português.
A questão é que a independência brasileira se consolidou em um projeto político elitista e autoritário. Houve a adoção do voto censitário, aquele voto que considerava o eleitor pela renda. Além disso, manteve-se o elemento crucial, iniciado no Brasil colônia e que marcou toda a história do Império do Brasil, que foi a escravidão.
A elite brasileira apostou na escravidão, aumentando e reinventando esse mecanismo de tortura e subordinação. A nova elite nacional fez do Brasil independente o país da escravidão, uma ação das mais violentas de toda a história contemporânea.
Em 1882 o Brasil ficou independente, mas seu povo ainda teria de esperar, lutando e resistindo, por décadas, por um ambiente mais democrático.
Hoje, 07 de setembro de 2022, comemoramos, por mais um ano, a independência e devemos nos orgulhar do processo de resistência do nosso povo que lutou por um Brasil que fosse respeitado internacionalmente, que garantisse a democracia e que fosse livre e feliz.
A independência brasileira é construída por todas nós, filhas e filhos dessa pátria de múltiplas cores, etnias, religiões, ideologias e felicidades.
Por Vereadora Professora Nilza - graduada em História e Letras pela UEG – Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Formosa.
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